A equipe do Projeto Pinípedes do Sul, executado pelo Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (NEMA) com patrocínio da Petrobras, por meio de seu programa Petrobras Socioambiental relata impactos sofridos pelos Leões e Lobos-marinhos do Sul devido à grande quantidade de resíduos antrópicos nos oceanos.
Em agosto de 2017, foi encontrado o primeiro animal debilitado devido aos resíduos antrópicos nos mares do sul. A equipe do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM- Furg) em conjunto com o NEMA, registrou um leão-marinho com um fio de náilon no pescoço. A remoção do artefato foi realizada com sucesso e o animal permaneceu ativo no local. Em fevereiro de 2018, a equipe do CRAM encontrou outro animal em situação semelhante, porém não foi possível a remoção do náilon.
Outros dois casos foram registrados em abril e maio de 2018 durante o monitoramento quinzenal do Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) no Molhe Leste, em São José do Norte pela equipe técnica do Projeto. Nesses casos, não foi possível a retirada dos plásticos devido ao difícil acesso aos animais.
Esse é um problema comum na Argentina, no Porto do Mar Del Plata, onde ocorre o chamado “Apostadero”, local de ocorrência de leões-marinhos, principalmente machos adultos e subadultos em período não-reprodutivo. Nessa região, os leões-marinhos aparecem com cintas plásticas, os chamados “sunchos”, que ficam presos no pescoço do animal provocando sérias lesões, podendo levar ao óbito.
A equipe do Projeto salienta a importância da preservação das áreas dos ecossistemas costeiros e marinhos e o impacto dos resíduos antrópicos nos mamíferos marinhos.