Na região sul do Brasil é registrada a presença de sete espécies de Pinípedes. O leão-marinho-do-sul (Otaria flavescens) e o lobo-marinho-do-sul (Arctocephalus australis) são as espécies mais abundantes que utilizam constantemente esta área costeira para o seu ciclo de vida. Já as outras espécies, como o lobo-marinho-subantártico (Arctocephalus tropicalis), o lobo-marinho-antártico (Arctocephalus gazella), o elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina), a foca-caranguejeira (Lobodon carcinophaga) e a foca-leopardo (Hydrurga leptonyx) ocorrem ocasionalmente nesta região.
Também nesta parte do litoral brasileiro estão localizados os únicos dois refúgios de concentração de lobos e leões-marinhos, ambos na costa do Rio Grande do Sul: o Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) da Ilha dos Lobos, criado em 1983 em Torres, e o Refúgio de Vida Silvestre do Molhe Leste da Barra de Rio Grande, criado em 1996 em São José do Norte.
Como parte das atividades do Projeto Pinípedes do Sul, executado pelo Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (NEMA) com patrocínio da Petrobras por meio de seu Programa Petrobras Socioambiental, foram realizadas nesta terça-feira (09/01) saídas de campo simultâneas nos dois REVIS.
No REVIS do Molhe Leste, em São José do Norte, a equipe registrou a presença de 44 Leões-marinhos-do-sul (Otaria flavescens), sendo 42 adultos e 2 juvenis, 4 Golfinhos-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus) e diversas aves marinhas e costeiras, como o Gaivotão (Larus dominicanus) e a Garça-moura (Ardea cocoi). Já em Torres, houve o registro de apenas 2 Leões-marinhos-do-sul (Otaria flavescens) no REVIS da Ilha dos Lobos.
O trabalho permitirá monitorar os padrões de ocupação dos Pinípedes e identificar o número de animais em cada uma destas Unidades de Conservação, reduzindo a chance de duplicidade na contagem. Os dois refúgios serão monitorados mensalmente ao longo da duração do projeto, até agosto de 2019.