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Elefante Marinho do Sul

Elefante Marinho do Sul

Elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina)

O elefante-marinho-do-sul é um mamífero marinho pertencente à família Phocidae que possui distribuição nas ilhas subantárticas, onde se reproduzem. A presença da espécie no litoral do Rio Grande do Sul é ocasional e derivada de deslocamentos de colônias reprodutivas da Argentina. Seu nome popular é devido ao fato de que indivíduos machos adultos possuem uma proeminência nas narinas, uma probóscide, que lembra a tromba presente nos elefantes e que estará complemente desenvolvida em torno de 8 anos.

É o maior dos pinípedes, apresentando corpo robusto, cabeça grande e nadadeiras anteriores pequenas; machos podem chegar a 500 cm de comprimento, pesando 4 toneladas e as fêmeas nunca alcançando mais 250 cm, com peso de 400kg. Os filhotes ao nascerem pesam 40kg e medem 1,30m de comprimento. Sua coloração varia devido ao estado do pelo, quando seco possui coloração de cinza brilhante a uma coloração parda bem clara, já quando molhado adquiri um tom escuro de cinza, entretanto o ventre sempre será mais claro; os filhotes ao nascerem possuem coloração negra que irá sofrer muda em torno de um mês após o nascimento. São ótimos nadadores, comumente realizando mergulhos com duração de 20-30 minutos que alcançam 800m de profundidade, entretanto já foram observados mergulhos de 1.200m que superam as 2h de duração. Costumam se alimentar de lulas e peixes, frequentemente realizando grandes deslocamentos entre a Convergência Antártica e as regiões com gelo flutuante da Antártica.

Fora da estação reprodutiva costumam viver solitários, passando 80% de sua vida navegando submergidos em mar aberto, descansando em terra durante um curto período de dias, somente para realizar a troca de pelo e para a reprodução nas colônias reprodutivas, local onde formam grandes concentrações de indivíduos. Os elefantes marinhos, assim como os leões e lobos marinhos, formam grandes haréns de fêmeas, com um tamanho de dezenas a mais de 100 fêmeas, que serão disputadas fisicamente pelos machos. Filhotes nascem 5 dias após as fêmeas chegarem em terra, amamentam durante aproximadamente 23 dias, período que as fêmeas irão ficar em jejum e adquirem um aumento 300% de seu peso inicial ao final do desmame.

Indivíduos fêmeas desta espécie podem viver até 20 anos, já os machos não vivem mais do que 14 anos, atingindo a maturidade sexual entre 4 e 6 anos, enquanto que as fêmeas estão maturas sexualmente a partir dos 3 anos de idade. Durante os anos 1.800 foram caçados cerca de 1.000.000 de exemplares desta espécie para a obtenção de sua capa de gordura que era utilizada na produção de azeite. A população mundial desta espécie hoje oscila entre 650.000 e 750.000 indivíduos, com a maioria concentrada na região das Ilhas Geórgias do Sul, e portanto considerada de baixo risco de extinção.