Nossas espécies

Leão Marinho do Sul

Leão Marinho do Sul

Leão-marinho-do-sul (Otaria flavescens)

 O leão-marinho-do-sul é uma espécie que habitualmente vive em profundidades menores que 50 metros. A espécie distribui-se pela região costeira de ambas as margens da América do Sul, agrupando-se em locais rochosos. No lado atlântico, o limite norte para seus agrupamentos é o sul do Brasil (Ilha dos Lobos – 29°20’); dali, alcançam o sul da América na terra do Fogo e continuam em direção norte pelo Pacífico, até 4°S no Peru. A população desta espécie está estimada em 275.000 indivíduos.

No Rio Grande do Sul existem dois locais específicos onde eles são encontrados, que são os Refúgios de Vida Silvestre (REVIS), um situado na cidade de São José do Norte, o REVIS do Molhe Leste, e outro na cidade de Torres, o REVIS da Ilha dos Lobos. É o segundo pinípede mais abundante no litoral do Rio Grande do Sul, ficando atrás somente do lobo-marinho-do-sul.

O leão marinho sul americano é uma espécie de mamífero aquático pertencente à família Otariidae, seu corpo é robusto, com focinho curto e largo, possuem uma camada de pelos e coloração marrom, variando de marrom dourado (filhotes e fêmeas) a marrom escuro quase preto (machos) e podem viver entre 18 e 20 anos. É conhecido como leão marinho devido ao som característico da espécie que lembra um rugido de leão e por possuírem uma “juba” ao redor da face, com grande quantidade de pelos nos indivíduos machos adultos. São animais considerados de baixo risco de extinção.

Os machos atingem comprimento máximo entre 245 e 266 cm e pesam entre 200 e 350 Kg. As fêmeas alcançam entre 200 e 204 cm. As espécies atingem entre 18 e 20 anos, atingindo sua maturidade sexual entre 5 e 6 anos, porém só formam haréns depois dos 8 anos; os filhotes ao nascerem medem cerca de 85 centímetros, podem pesar entre 10 e 15kg, e nos primeiros 8 a 11 meses ficam junto da mãe amamentando. Os leões são animais migratórios, porém, a migração quase sempre ocorre nos indivíduos machos, permanecendo no inverno em regiões menos frias, como o Brasil, para se alimentar e descansar; e no verão migram para regiões mais frias, nas colônias de reprodução onde estão as fêmeas. Durante os meses de novembro, dezembro e janeiro os machos adultos realizam disputas físicas para ganhar as fêmeas, frequentemente se machucando, e assim formam haréns com grupos de até 15 fêmeas para a reprodução, com a gravidez durando de 50 a 60 dias.

Sua alimentação é derivada de peixes como a pescadinha (Macrodon atricauda), corvina (Micropogonias furnieri), corvina (Micropogonias furnierí) e Maria-luísa (Paralonchurus brasiliensis), com seu mergulho chegando a 30 metros de profundidade. Seus principais predadores são as orcas (Orcinus orca) que predam principalmente as fêmeas com filhotes.